O Dnit espera dar início às obras do maior viaduto da Travessia Urbana ainda este ano, se o volume de recursos permitir, pois a obra é complexa e deve levar, no mínimo, 16 meses. Serão, na verdade, uma trincheira (pista escavada, abaixo do nível do solo) que permitirá quem desce de Itaara seguir em direção a São Sepé e vice-versa sem precisar parar no trevo, e mais quatro viadutos. Dois deles serão bem extensos, no sentido de quem desce a Serra para São Pedro do Sul, enquanto outros dois permitirão o trânsito na rotatória atual. O custo total deve ficar em R$ 50 milhões.
A maior novidade é que o projeto está passando por mudanças e os viadutos mais extensos não serão feitos no formato convencional, como no recém-liberado viaduto do Castelinho. A construtora Sogel decidiu inovar e, com aval do Dnit, vai construir um viaduto estaiado, que tem torres e cabos para sustentar as vigas das pistas (assim como a ponte perto da Arena do Grêmio, na Capital e a nova ponte de Laguna). Segundo o Dnit, um dos motivos foi que a Sogel quer se habilitar e capacitar a fazer esse tipo de viaduto.
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Ainda não há imagens gráficas indicando como ficará o viaduto estaiado porque o projeto ainda está sendo executado. Segundo o Dnit, a mudança não deve alterar muito os custos da obra e servirá como um marco da Travessia Urbana, além de um cartão-postal para a cidade.
Segundo sites especializados em engenharia, os viadutos estaiados têm vantagens como permitir a construção sem a necessidade de interromper o trânsito no local. Além disso, como a pista fica suspensa por cabos de aço, permite que o viaduto seja mais longo e não precise serem construídos pilares a cada 20 ou 30 metros, como nos viadutos tradicionais.
Foto: Travessia Urbana de Santa Maria (Divulgação)
Na imagem, a projeção original de como ficaria o trevo da Uglion, antes da mudança do projeto para um viaduto estaiado